Sobre mim
Luis Miguel Clemente é um maestro de renome internacional, reconhecido como uma das figuras mais carismáticas, talentosas e inspiradas da música portuguesa atual. A sua formação académica multidisciplinar em Direção de Orquestra, Musicologia, Etnomusicologia e Artes Performativas, complementada por estudos em Filosofia, História, Antropologia Cultural e Sociologia, enriquece a sua abordagem artística com uma perspetiva humanista e abrangente. Poliglota por natureza, é fluente em Inglês e Castelhano, comunica em Italiano e Francês, e possui conhecimentos de Latim e Grego Clássico, o que lhe permite interagir eficazmente em diversos contextos culturais e profissionais. Especialista nas técnicas de Carlos Kleiber e Musin-Metters, é reconhecido pela sua precisão, expressividade e comunicação excepcional com as orquestras, elevando cada performance a um nível artístico superior.
A sua carreira é marcada por distinções internacionais significativas. Em 2008, foi laureado com o Prémio Cátedra Leonard Bernstein pela Escuela de Altos Estudios Musicales em Huelva, Espanha. Em 2012, venceu o Budapest International Conducting Competition na Hungria, destacando-se pelas interpretações magistrais da Sinfonia n.º 3 de Beethoven, do Concerto para Violino de Mendelssohn e da Sinfonia n.º 4 de Mahler. Em 2013, foi finalista do Black Sea Conducting Competition na Roménia, e em 2014 conquistou o 1.º Prémio no Pacific Region Young Soloist Competition no Canadá, dirigindo a Pacific Region Festival Orchestra numa performance aclamada do Concerto n.º 1 para Violino e Orquestra de Shostakovich.
Como professor de Direção de Orquestra com reputação internacional, é regularmente convidado para lecionar masterclasses e colaborar com instituições de prestígio mundial, tais como o Oxford Conducting Institute e o St. Anne’s College (Universidade de Oxford), a Universidade Católica do Porto, a Fundação INATEL, a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (em parceria com a University of California, Berkeley) e a West Texas A&M University. Foi também professor em várias instituições de renome, incluindo a Escola Superior de Educação de Beja, o Instituto Superior D. Afonso III, o Conservatório Superior de Música de Salamanca (Espanha) e o Conservatório Regional do Algarve.
Desde 2015, é Maestro Titular e Diretor Artístico da Orquestra da Costa Atlântica, uma das formações profissionais mais dinâmicas e versáteis no panorama musical português atual, com a qual tem alcançado notáveis sucessos artísticos em Portugal e no estrangeiro. Simultaneamente, é Maestro Titular e Diretor Artístico da Jovem Orquestra da Costa Atlântica, uma formação constituída por jovens profissionais e estudantes talentosos, dedicada à promoção da excelência artística e ao desenvolvimento da próxima geração de músicos, contribuindo significativamente para o futuro da música clássica.
É Diretor Pedagógico e Professor de Direção na Academia de Direção de Orquestra da Costa Atlântica, onde integra a sua vasta experiência prática com abordagens pedagógicas inovadoras, formando maestros com uma visão global e contemporânea. Dirige programas de masterclasses em direção de orquestra em vários países, como “O Maestro e a Arte de Dirigir” ou The Art of Expressive Conducting, reconhecidas internacionalmente pela excelência no aperfeiçoamento da técnica e expressividade na direção orquestral.
Desde 2022, é Diretor Artístico da Academia de Música e Artes de Verão, direcionada para crianças e jovens. Desde 2016, é Diretor Artístico e Maestro do Coro Sénior de Esposende, iniciativa galardoada com o Prémio BPI Seniores.
Desde 2021, desenvolve um intenso trabalho de transcrição e edição crítica de partituras com a associação Eklética, em particular de obras de compositores portugueses e edições pedagógicas para maestros.
Comprometido com a democratização da música, Luis Miguel Clemente está fortemente envolvido em projetos que promovem a acessibilidade artística, o desenvolvimento de oportunidades para jovens músicos e a formação de maestros.
Entre 2015 e 2021 foi Maestro Titular e Diretor Artístico da Orquestra Internacional de Jovens da Costa Atlântica, reunindo jovens instrumentistas de várias nacionalidades. Entre 2008 e 2018, foi Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Nacional de Sopros. Foi cofundador e Diretor Musical do Festival Internacional de Música de Portel (2015-2021), distinguido com o selo EFFE - Europe for Festivals, Festivals for Europe, atribuído pela European Festivals Association.
Em 2024, liderou a Orquestra da Costa Atlântica numa digressão histórica pela China, realizando concertos em mais de 20 cidades. Esta tournée reforçou os laços culturais entre os países e foi amplamente elogiada pela crítica pela qualidade artística e capacidade de conectar diferentes culturas através da música.
Ao longo dos anos, Luís Miguel Clemente consolidou a sua reputação internacional, dirigindo em países como Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Suíça, Moldávia, Croácia, Hungria, Itália, Roménia, Grécia, Canadá, EUA, México, China, Myanmar e Taiwan. Colaborou com orquestras de renome, incluindo a European Union Youth Wind Orchestra, Pacific Region Festival Orchestra, Orquestra do Algarve, Filarmonia das Beiras, Orquestra de Câmara de Zagreb, Orquestra de Câmara da Moldávia, Constantza Symphony Orchestra e Ópera, Duna Symphony Orchestra, Orquestra de Cuerdas de la Universidad de Múrcia, Rundfunk Blasorchester Leipzig, Shen Yun Symphony Orchestra, Ensemble Equilibrium, St. Anne's Camerata, West Texas A&M Symphony Orchestra, Filarmonia Xalapa e Evergreen Symphony Orchestra.
No âmbito académico e de investigação, é membro fundador da Eklética, associação dedicada à recuperação, preservação e divulgação do património cultural português, com especial foco na música erudita. Apresentou-se em diversos congressos e palestras, em Portugal e no estrangeiro, e é autor de textos em obras de referência. Destaca-se a sua colaboração como investigador e autor na "Enciclopédia da Música em Portugal da Música em Portugal do séc. XX" e na obra "Vozes do Povo: a Folclorização em Portugal.”.É co-autor da monografia com quatro DVDs "Uma Etnomusicologia do Algarve Rural”, e e publicou vários artigos na histórica revista "Arquivo de Beja".
Luís Miguel Clemente continua a expandir a sua presença internacional, buscando novas colaborações e projetos que promovam a excelência artística e o intercâmbio cultural. A sua liderança inspiradora e visão inovadora posicionam-no como uma figura de destaque no cenário musical global, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento e difusão da música erudita em todo o mundo.
Formação Académica
O percurso biográfico de Luís Miguel Clemente é dominado, desde muito cedo, por uma grande sensibilidade e aptidão musical inata. Aos 10 anos começou por aprender solfejo, piano e saxofone. Mais tarde ingressou no Conservatório de Música de Beja para estudar guitarra clássica, prosseguindo depois os estudos na Academia de Amadores de Música de Lisboa. Começava assim um percurso profissional eclético e multifacetado, caracterizado por uma confluência de experiências, saberes e estudos académicos em prestigiadas instituições portuguesas e estrangeiras, pautado por uma contínua busca em ampliar os seus conhecimentos e uma profunda convicção ética e humanista.
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Direção de Orquestra
Em 2021, Luis Miguel Clemente Doutorou-se com distinção em Música: Direção de Orquestra (DMA) na Universidade de Aveiro, com tese intitulada “Análise fenomenológica da técnica directoria de Carlos Kleiber: Contribuição para uma técnica expandida da direção musical".
Entre 2014 e 2017, estudou e teve como mentor o maestro Colin Metters. Desde então colabora estreitamente com o maestro inglês como professor de direção de orquestra em masterclasses.
Em 2013 completou o Diploma de Estudos Avançados em Música: Direção de Orquestra na Universidade de Aveiro, sob a orientação do maestro suíço Ernest Schelle.
Entre 2008 e 2011, estudou Direção Musical em Itália no ISEB - Instituto Superiore Europeo Bandistico, onde se especializou em Direção de Orquestra de Sopros na restrita classe do prestigiado maestro Jan Cober. Completou o Diploma di Direzione (2009) e, posteriormente, o Diploma Superiore di Direzione (2011) com a melhor nota da sua classe. Estudou também Direção com Felix Hauswirth e Orquestração e Análise com os reputados mestres Gianni Caracristi e Carlo Pirola e Carlos Pirola.
Em 2008 Licenciou-se em Direção Musical (LRSM) pela AB Royal Schools of Music de Londres.
Entre 2006 e 2008 frequentou o curso de Direção de Orquestra na Escuela de Altos Estudios Musicales de Huelva (Espanha), alcançando a “Cátedra Leonard Bernstein” com a melhor nota da sua classe, o que lhe valeu uma bolsa monetária de mérito atribuída pela Caja Rural de España.
Em 2003 frequentou os Cursos de Especialización Musical Para Postgraduados da Facultad de Música da Universidad de Alcalá (Espanha), designadamente o Curso de Dirección de Orquestra de Música Contemporánea com Arturo Tamayo, e Técnicas de Dirección de Orquesta com Josep Pons e Samuel Adler.
Frequentou também inúmeras masterclasses de Direção de Orquestra, nas quais estudou com conceituados maestros como Michael Dittrich, Alexander Polischuck, Jean Sebastien Berreau, Robert Houlihan ou Mitchell Fennel.
Nos últimos anos, Luis Miguel Clemente trabalhou como maestro ao lado de alguns dos mais reputados pedagogos da atualidade, tais como Colin Metters, Enrique García Asensio, Kenneth Kiesler, Mark Stringer ou Arthur Arnold.
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Entre 2010 e 2011 completou o primeiro ano do Doutoramento em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa.
Entre 2002 e 2006 estudou Etnomusicologia na prestigiada Maryland University School of Music (EUA), onde completou uma Pós-Graduação e, posteriormente, o Mestrado em Artes (MA) com distinção e a melhor nota da sua classe. Durante esses anos teve como mentores Carolina Robertson e Ramon Pelinski, aprendendo também com renomados professores como Irma Ruiz, Gofredo Plastino, Bruno Nettl, Jocelyne Guilbault ou Simha Arom. No âmbito do seu mestrado, foi bolseiro na Universidad Nacional de Cuyo, Facultad de Artes y Diseño (Mendoza, Argentina) onde frequentou a Maestria en Interpretacion de Música Latinoamericana del siglo XX sob a orientação de Melanie Plesh e Gérard Behágue, sempre com classificações excelentes.
Entre 2001 e 2003 frequentou o Doctorado en Musica, Texto y Representación na Universidad de Salamanca, Faculdad de Didática de la Expression Musical, Plastica y Corporal (Espanha), tendo-lhe sido atribuído o Diploma de Suficiência Investigadora em Musica (Período de Docência em Música, Texto y Representación). Estudou com conceituados professores, tais como António Martin Moreno, José Maximo Leza, Jose Garcia Laborda ou Judith Cohen.
Em 2000 licenciou-se em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal), tendo frequentado como bolseiro ERASMUS a Universidad de Granada, Facultad de Ciências Sociales y Humanas (Espanha).
Ao longo dos anos, Luis Miguel Clemente completou a sua formação académica com inúmeros Seminários e Cursos de Especialização Musical em Ciências Musicais. Destacam-se a frequência em diversos Cursos de Especialización Musical Para Postgraduados da Facultad de Música da Universidad de Alcalá (Espanha), nos quais aprofundou os seus conhecimentos em Teoria, História e Estética Musical do séc. XIX e XX com reputados professores como Constantin Floros, Herman Sabbe, Benet Casablancas, Arnold Liberman ou Charles Rosen.
Destacam-se, também, a frequência nos Cursos Extraordinários da Universidad de Salamanca (Espanha) e nos Cursos de Invierno de la Universidad de Valladolid (Espanha), onde teve o privilégio de aprender com alguns dos mais notáveis professores no campo das Ciências Musicais, caso de Leo Treitler, Peter Wicke, Claude Palisca, Tim Rice, Gary Tomlinson, Eero Tarasti, Fred Lerdahl ou Marcel Pérès.